O padre Fabrício Timóteo atribuiu a sua transferência da paróquia de Taperoá, onde realizava a missa de oração por cura e libertação, que levava multidões a cidade, atribuiu a sua transferência ao fato da igreja católica ser resistente a incorporação de novas tendências de instrumentos de evangelização em suas celebrações.
Em entrevista ao programa Hora H, apresentado pelo jornalista Heron Cid, na TV Manaíra, na noite desta segunda-feira (13), padre Fabrício se diz “incompreendido” por se defensor da quebra de alguns padrões na condução das missas. Hoje, segundo padre Fabrício, se trava uma grande discussão se pode, por exemplo, bater palmas, ou não, durante determinadas parte das missas.
Para Padre Fabrício, não tem como continuar usando as mesmas terminologias que os meus pais aplicavam” nos dias atuais.
“Quem não compreende vai fazer prevalecer sua cosmovisão. Agora que tente fazer isso com diálogo, persuasão e não com atropelos e nem com abusos”, pontuou.
Enviado para Santana dos Garrotes, o religioso não afirmou se vai para a cidade. Ele disse que buscará diálogo com a igreja.
“Eu vou pedir isso a igreja e acredito que o diálogo, o bom senso e as coisas de Deus triunfarão”, afirmou.
Política
Ainda durante a entrevista religioso disse que já recebeu convite para disputar mandatos eletivos. Entretanto, ele não sente chamado para essa missão.
“Ainda não me senti chamado de forma direta e muito clara. Mas já fui convidado. Tem que ser um convite de dentro para fora, mas ainda no me senti chamado”, destacou.
Além disso, padre Fabrício considerou que não seria fácil conciliar a vida religiosa com a política mesmo que a pauta que rege a vida sacerdotal também deve reger a vida pública. Para padre Fabrício ele mesmo tem muito cuidado para não fazer opção política.
“Eu me sinto instigado, motivado a entrar em questões sociais específica. Tenho todo cuidado par anão fazer opções políticas partidárias. Se tomar uma decisão política partidária divide a paróquia. É preciso que apresentemos valores que transcendem as bandeiras políticas partidárias”, enfatizou.
Padre Fabrício também criticou a exploração da fé por grupos políticos.
“Nos não podemos aceitar nenhum tipo de instrumentalização ou manipulação da fé para qualquer vertente ou dimensão que seja. A fé precisa ser incólume, respeitada, duríssima, resguardada e salvaguardada. Eu não posso usar os valores da fé para coisificar ou manobrar ninguém, principalmente com essas questões político partidária”, destacou.
Confira entrevista completa
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