Já não se vê mais o azul no céu, que ganhou tons de cinza em grande parte do Brasil. A fumaça das queimadas mudou a paisagem, resultado de um número recorde de incêndios, principalmente na Amazônia. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, cerca de 60% do território brasileiro está coberto por fumaça.
Em São Paulo, os bombeiros seguem no combate às chamas na Serra da Cantareira, complexo de 30 mil hectares que se espalha por cinco cidades: São Paulo, Mairiporã, Caieiras, Guarulhos e Franco da Rocha. Drones com câmeras térmicas são usados para localizar os focos.
O tenente Maxwel Souza, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, explica o uso dos drones. “Olhando de cima parece tudo perfeito, mas com a câmera termal, você consegue enxergar os pontos de calor e, com isso, consegue lançar água no ponto correto”, pontua.
No estado, um dos maiores desafios é combater o incêndio na vegetação. Só em agosto foram 219 ocorrências de fogo por dia, mais 15% em relação ao ano passado. Todos os 80 parques do estado estão fechados por prevenção, por tempo indeterminado. O Rio Pinheiros ficou verde e, segundo a Companhia Ambiental de São Paulo, a cor é causada pelo excesso de algas, devido à seca.
Desde o começo de setembro, o Brasil registrou quase 30 mil focos de incêndio. Em Goiás, o fim de semana foi crítico. Ao todo, foram 117 focos de incêndio em Rio Verde, no sudoeste goiano. Em alguns casos a fumaça tomou conta das pistas e três acidentes foram registrados, deixando duas vítimas fatais.
No Amazonas, a seca é severa. 58 das 62 cidades estão em situação de emergência e mais de 330 mil pessoas estão sendo afetadas. Já em Belo Horizonte, em Minas Gerais, o cenário segue cinzento, consequência de incêndios que atingem várias regiões do estado.
Para agravar a situação, Minas Gerais sofre com a falta de chuva e tempo seco. Na capital mineira, por exemplo, são quase cinco meses sem chuva. É o maior período de estiagem em Belo Horizonte dos últimos 40 anos.
BAND/UOL
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